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Urbanista alemã atua como especialista na administração municipal de Durban

Em 15 de fevereiro de 2016, a urbanista Helge Mehrtens começou a trabalhar, com um contrato de dois anos, como especialista integrada no município eThekwini, em Durban.

Duas mulheres olhando para um mapa.
Helge Mehrtens e sua colega Nompilo Buthelezi. Foto: Helge Mehrtens / Município de Ethekwini

Seu cargo, pago com verbas locais e subsídios do Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento (BMZ), é resultado palpável do trabalho realizado pelas cidades geminadas de Bremen e Durban, que estão investindo, ainda, na criação de uma parceria municipal para o clima.

Na administração pública de Durban, Helge atuou como coordenadora de projetos. Sua principal tarefa consistiu em coordenar o projeto “Bridge City KwaMashu Open Space Project”, que compreende diversos projetos parciais. O projeto pretende criar um grande parque como área de recreação para as cerca de um milhão de pessoas que vivem nos bairros populares da vizinhança. Várias são as relações do projeto com os conteúdos da parceria para o clima com Bremen: para citar um exemplo, áreas verdes funcionam como corredores de ar fresco e minimizam o aquecimento das zonas residenciais.

A área mais importante do terreno baldio é várzea do rio Piesang, que será recuperada para fins de adaptação aos efeitos das mudanças climáticas. No futuro, uma barragem vai reter as águas das chuvas torrenciais, a exemplo da várzea Wümmewiesen em Bremen. Com isso, a frequência das enchentes no baixo Piesang será reduzida e, no longo prazo, a qualidade da água tende a melhorar.

Nesse projeto, os projetistas vão aproveitar os resultados e experiências de um projeto anterior da parceria para o clima de Bremen. Trata-se de um projeto-piloto, com período de fomento de quatro anos e verbas do Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento (BMZ), que até o final de 2016 recuperou as várzeas do rio Riverhouse Valley Wetland.

Nos tempos do apartheid, segregação das raças na África do Sul, a área baldia tinha a finalidade de isolar os bairros populares da vizinhança. Com isso, o regime do apartheid evitava o encontro de pessoas das diferentes etnias. No futuro, a área vai servir para o contrário: por meio do envolvimento das comunidades locais no projeto, o parque, com suas ciclovias, trilhas, áreas destinadas à prática de esportes, de lazer e recreação, vai se tornar um espaço de encontro e convivência comunitária. O projeto faz referência ao jardim dos esportes de Bremen. Até o nome “Youth garden", Jardim da Juventude, é inspirado na experiência de Bremen. O parque vai abrigar um centro da juventude, com programação esportiva e cultural. Em função dos índices elevados de desemprego e pobreza, muitos jovens perderam a esperança de um futuro melhor. No Jardim da Juventude, o acesso a atividades pedagógicas e a participação ativa vão lhes abrir novos horizontes.

O projeto é gerido por Gary Cullen, que, há anos, cultiva excelentes relações com a parceria entre as cidades geminadas. Helge Mehrtens conta com o apoio de Nompilo Buthelezi e Belinda Khoase. Essas três mulheres lutadoras formam a equipe do projeto.

Sobre o especialista

Helge Mehrtens

Helge Mehrtens cresceu em Lunestedt. Em sua carreira profissional, coordenou uma secretaria municipal de planejamento urbano e construção civil na região de Colônia. Nunca perdeu o contato com sua região de origem, que fica perto de Bremen. Durante sua estadia na África do Sul, ela foi o ponto de contato para a parceria das cidades geminadas de Bremen e Durban.